Theo Jansen é um engenheiro artista que pretende estudar o progresso da mobilidade e esculpir o ar que nos rodeia dando-lhe vida, dimensão e forma, ultrapassando as fronteiras do que sabemos e sentimos.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Engenharia
Árvore Musical
Concebida por Mike Tonkin e Anna Liu, esta escultura é feita de 1000 tubos galvanizados que, quando percorridos pelo vento, actuam como flautas. Esta árvore metálica produz notas e acordes que variam com a intensidade e direcção do vento, fazendo com que a música aleatória desta escultura alcance quilómetros na paisagem inglesa
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Eu sou a luz?
"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5:14-16)
É quase 2009.. o que me faz refletir ainda mais! No início deste ano (mais precisamente em fevereiro) recebi a notícia de que o Moisés Neves (Jocum) havia falecido. Ele tinha 45 anos, esposa e 4 filhas (acho). Participei de uma campanha de Kings Kids com ele nas olimpíadas de Atlanta/96, mas já ouvia falar do seu ministério antes de conhecê-lo. Homem simples e indiscutivelmente comprometido com a obra para qual havia sido chamado. Talvez ele nem lembrasse mais de mim, mas fiquei pensativo e triste durante semanas. Era apaixonado por almas.Esta semana novamente, recebo a notícia do falecimento do Pr. Francisco (de Venâncio Aires). Não bastasse a notícia, a forma de como ocorreu me deixou chocado. Tinha 44 anos, esposa e 3 filhas. Conhecia pouco mais de 1 ano. Me chamava atenção seu desespero e fome por mais de Deus. Literalmente influenciou a Igreja numa cidade. Muito carismático. Era perceptível o carinho dos discípulos por ele. Também era apaixonado por almas.
É quase 2009... meus pensamentos estão me consumindo. O tempo corre. Pode parar a qualquer momento, sem aviso, muito menos sem explicação. E depois? O que vamos dizer? Explicar? Como? Parece que a vida passa num piscar de olhos. Quando era criança brincava e corria na rua com os amigos, os dias eram longos! Hoje... quanta falta de tempo! Penso a todo momento no encontro que todos teremos com o Pai... Teremos o mesmo sentimento de dever cumprido de Paulo? ... Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Que tipo de explicação seria aceitável? Senhor, afinal de contas eu tinha muitos compromissos, trabalho, família, inclusive a igreja. Acho que não.
Preciso ascender minha luz, para que o mundo veja as boas obras do Pai em mim... e assim O glorifiquem! Antes que o tempo acabe...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Arnaldo Jabor
Sei que o texto é extenso mas vale à pena a leitura:
Pois é. O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos. Olham o escândalo na televisão e exclamam 'que horror'. Sabem do roubo do político e falam 'que vergonha'. Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam 'que absurdo'. Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem 'que baixaria'. Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'. Do ressentimento passivo à participação ativa'. Pois recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa. Abriram com o Hino Nacional.. Todos em pé, cantando. Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. Fiquei curioso. Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa, todo mundo cantando a letra! Como a aurora precursora / do farol da divindade, / foi o vinte de setembro / o precursor da liberdade ' Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem. E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado. Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'. Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é... Foi então que me deu um estalo. Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' se transformarão em participação ativa? De onde virá o grito de 'basta' contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será. Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção. São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'. Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes. Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa 'liga'.. A mesma que eu vi em Porto Alegre. Algo me diz que mais uma vez o povo do Sul é que levantará a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo.. Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda: '...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...' Arnaldo Jabor